"Escolas passam atividades até na hora do recreio". Esse era o título de uma matéria que me chamou a atenção no Estadão de hoje.
O texto falava sobre algumas escolas particulares que agora aproveitam o horário do recreio para ensinar aos alunos brincadeiras tradicionais como amarelinha, pular corda, bambolê, origami, etc.
O objetivo, segundo esses colégios, é resgatar formas saudáveis de brincar em grupo. Defendem que precisam ajudar essa geração que não sabe mais o que é brincadeira de rua, que vive fechada em apartamentos, cercadas de aparelhos eletrônicos.
Se, por um lado, alguns pais apoiam essa iniciativa das escolas - depois de ver seus filhos empolgados com as "novas" brincadeiras ensinadas por adultos durante o recreio -, por outro, há muitos especialistas em desenvolvimento infantil que condenam a prática. Argumentam que "brincar é a atividade mais natural que existe" e que a criança deve ficar livre para explorar o mundo e seguir sua imaginação. Sozinha, sem a supervisão de adultos. Que precisa de tempo ocioso para relaxar, deixar seu cérebro inventar coisas novas, tomar iniciativa, experimentar.
As crianças já passam a maior parte do seu tempo monitoradas, com atividades dirigidas... Será que precisamos até mesmo ensiná-las a brincar?
O que você acha?